Você sabia que o balonismo, hoje visto como um esporte pacífico e romântico, começou como uma aventura repleta de desafios, disputas e histórias surpreendentes? Muito antes dos festivais coloridos que lotam os céus, inventores e curiosos já arriscavam a vida tentando descobrir como sair do chão usando apenas tecido e calor. Essa busca pelo voo envolveu experimentos inusitados, rivalidades e até um padre brasileiro que pode ter sido o verdadeiro pioneiro.
Tudo começou no século 18, quando os irmãos Montgolfier, filhos de uma tradicional família francesa que fabricava papel, perceberam que o ar aquecido fazia um saco subir sozinho. A descoberta desencadeou uma corrida para construir balões cada vez maiores e provar que era possível transportar animais — e depois humanos — pelo céu. Entre tentativas bem-sucedidas e voos perigosos, surgiram nomes como Pilâtre de Rozier, que se tornaria a primeira vítima fatal da aviação, e Jacques Charles, responsável pelo primeiro balão de hidrogênio.
No meio dessa história cheia de feitos ousados, surge ainda a polêmica sobre Bartolomeu de Gusmão, o padre voador que teria lançado sua Passarola décadas antes dos franceses. Mesmo sem consenso sobre quem inventou o balão, ninguém discute que essas experiências foram o ponto de partida para todo o progresso aéreo que viria depois. Do uso militar ao lazer moderno, o balonismo nasceu de sonhos audaciosos que desafiaram a gravidade — e o medo.